Silver
Linings Playbook
'Apesar de pequena falha, o filme é uma das poucas distinções que se vê no gênero'
Por Ana M. B. Jesus
Protagonizada
por Bradley Cooper e Jennifer Lawrence a obra se destaca dentre
outras de seu gênero ao trazer às telas cinematográficas uma
história bastante diferentes das outras de sua categoria, e ainda
sim ser tocante.
Os
holofotes da história recaem sobre Pat (Cooper), professor cuja vida
se perde nas mãos de sua doença, popularmente conhecida por
“transtorno bipolar”. Resgatado tempos depois de uma clínica de
reabilitação mental por sua mão, o personagem tenta recuperar sua
vida anterior as crises da doença, e acaba esbarrando na necessidade
da ajuda de outra pessoa com problemas mentais, os últimos iniciados
após a morte do marido de Tiffany (Lawrence).
No
decorrer do filme se desenvolve uma co-dependência entre tais
personagens, que posteriormente se transforma em algo mais.
Entretanto, mal desenvolvida pelos roteiristas, a trama apresenta
falhas quanto aos sentimentos de Pat por Tiffany, que no decorrer do
filme insiste em recuperar sua esposa e nos últimos minutos revela
seus sentimentos pela amiga e parceira de dança. Dá sim para se
notar que Pat se importa e mesmo gosta da companhia e da personagem
de Lawrence durante o filme, mas com a batalha pelo amor da esposa na
maior parte do tempo, ficam pouco credíveis os sentimentos do
protagonista nas últimas cenas do filme. De forma oposta à falha a cima mencionada, o roteiro merece reconhecimento pelas cenas cômicas geradas por situações de constrangimento e por situações inusitadas, e não pelas típicas piadas que completamente contrariam seu título, não sendo minimamente divertidas, de que outros filmes se valem.
Por
outro lado, não há o que criticar negativamente quanto às
atuações, especialmente a de Lawrence, que é de forma simples e
clara extraordinária e cômica, como o gênero pede, e também a de
Robert DeNiro, que à tempos não interpretava um personagem digno de
seu talento (no filme, o referido ator interpreta o pai de Pat, e
também sofre de transtornos mentais, o Transtorno Obsessivo
Compulsivo – TOC – se apresentando supersticioso e paranoico mas
de uma forma bastante divertida); Bradley Cooper, como de costume, interpretou à perfeição.
Apesar
de nenhum diferencial quanto a trilha sonora, esta acompanha bem o
ritmo do filme, de uma forma suave, tranquila. A direção e a equipe
de produção também fizeram um ótimo trabalho ao retratar, sem
glorificar ou desprezar, a amizade que surgiu por meio de mútua
identificação entre dois portadores de deficiência mental.
Filmado
em locações tão comuns quanto as que existem na realidade, a
história mostra que, apesar de distinta, nada impede que essa bela
história um dia, em algum lugar desse mundo, se torne real.
Trailer:
Prêmios Globo de Ouro (2013) :
- Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Jennifer Lawrence)
Indicações ao Oscar (2013):
- Melhor Filme
- Melhor Diretor (David O. Russel)
- Melhor Roteiro Adaptado (David O. Russel)
- Melhor Ator (Bradley Cooper)
- Melhor Atriz (Jennifer Lawrence)
- Melhor Ator Coadjuvante (Robert DeNiro)
- Melhor Atriz Coadjuvante (Jackie Weaver)
- Melhor Edição (Jay Cassidy e Crispin Struthers)
Bradley Cooper com Pat, Jennifer Lawrence como Tiffany, Robert DeNiro como Sr. Pat e Chris Tucker como Danny.
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